segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ampelmann, os homenzinhos verdes nas ruas de Berlim

Quem não conhece a piada da esquina da Walk com Don´t Walk?
Se não conhece leia mais abaixo nesse post.

Quem nasceu após 1979 tinha menos de 10 anos quando o Muro de Berlim caiu em 1989. Portanto não deve se lembrar e talvez nem saber o que foi uma das paredes mais famosas do mundo.

Em poucas palavras: os países aliados (principalmente, mas não apenas, EUA, França e Inglaterra) precisaram da ajuda da URSS - União Soviética (atual Russia mais Bielorrussia, Ucrânia, Letonia, Lituania, Estonia,  e outros países) para derrotar o nazismo alemão de Hitler. Em 1945, ao final da II Guerra Mundial, a Europa foi dividida em áreas de influência política. O leste europeu ficou sob influência da URSS. A Alemanha foi dividida em Alemanha Ocidental (capital Bonn) e Alemanha Oriental (capital Berlim). E Berlim, apesar de ficar inteira na Alemanha Oriental, foi dividida em duas, parte dela controlada pelos aliados.

No começo essa divisão era feita por postos de controle e apesar de restrições era possível transitar entre Berlim Oriental e Berlim Ocidental. Em 1961 o exército da Alemanha Oriental construiu um muro ao redor de toda a parte Ocidental da cidade, isolando-a. Com o tempo diferenças arquitetônicas e estéticas foram surgindo e ficando mais e mais acentuadas entre as duas "Berlims".

Em 1989 as mudanças políticas criaram condições para a queda do muro e o início da reunificação das duas Alemanhas, que hoje formam uma única  e pujante nação. Berlim tornou-se a capital da "nova Alemanha" e atualmente é uma cidade harmônica, belíssima e que guarda poucas lembranças daquela época.

Uma das mais marcantes dessas poucas lembranças é a sinalização de trânsito para pedestres com as simpáticas figuras dos Ampelmann. Eles são os símbolos que indicam o momento permitido (quando verdes) e proibido (quando vermelhos) para os pedestres atravessarem as ruas da parte oriental. E andando pelas ruas da cidade praticamente só sabemos se estamos na antiga parte oriental ou ocidental pela presença ou ausência dos Ampelmanns nas esquinas.



E sua silhueta se tornou tão popular que está estampada em camisetas, canecas, chaveiros e até um restaurante e uma loja on-line foram batizados com seu nome.



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A infame piada mencionada no início conta a estória de um brasileiro que foi visitar um primo em Nova York. Sem saber um palavra de inglês e perdido nas ruas da cidade, ligou para o primo que lhe perguntou onde estava. Sem vacilar o brasileiro olhou para as placas na esquina e disse: "Estou na esquina da Walk com a Don´t Walk".

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