terça-feira, 11 de outubro de 2011

Para quem gosta de cruzeiros. E para quem não gosta passar a gostar

Ricardo Amaral é o diretor geral para o Brasil da Royal Caribbean, uma das maiores e melhores empresas de cruzeiros marítimos do mundo. Em seu blog prestou uma bela homenagem ao início da temporada 2011/ 2012 e de cruzeiros no litoral brasileiro. E nos autorizou a reproduzir aqui. Com nossos agradecimentos:

A MAJESTADE, O NAVIO
4 de outubro de 2011

A partir de 25 de outubro, e até 08 de maio, o litoral brasileiro fica ainda mais bonito. Todas as belezas naturais esparramadas pela costa ganham um novo elemento, produzido pela mão do homem. Os navios de cruzeiro incorporaram-se de tal forma à paisagem que sua chegada parece completar um quadro inacabado.
É impressionante o efeito que eles provocam. À sua passagem, ninguém consegue permanecer indiferente. A imponente majestade com que desfilam sobre as águas é acompanhada por um frisson generalizado. As máquinas fotográficas não dão conta de tantos registros. São momentos mágicos. Cada um exibe sua própria personalidade, diferenciam-se no tamanho e nas formas, no aproveitamento do espaço.
Toneladas de aço, ferro, alumínio, plástico, vidro e tantos outros materiais distribuem-se por milhares de metros quadrados em vários andares. Um sofisticado trabalho de engenharia e arquitetura gera uma peça única, verdadeira obra de arte. Uma memorável cena de cinema expressa esse encantamento.
No filme Amarcord, Federico Fellini constrói um momento sublime. Homens, mulheres, idosos e crianças em pequenos barcos, à noite, esperam a passagem do transatlântico. Um personagem comenta sobre os milhões de estrelas no céu, quando o astro maior se aproxima e é saudado com acenos e gritos de emoção. Instantes fugazes transcorrem como uma eternidade, ao som do tema musical de Nino Rota, carregado de lirismo e sonho.

Temos, aqui no Brasil, um exemplo incrível da ligação homem-navio. Uma antiga valsa popular napolitana, Vieni sul Mar (Venha para o mar), fala do amor de um marinheiro por sua musa em terra. Cantaram-na, entre outros, Enrico Caruso e, mais recentemente, Andrea Bocelli. Pois bem. A melodia de Vieni sul Mar (aqui na voz de José Carreras) foi aproveitada para uma canção em homenagem ao encouraçado Minas Gerais, comprado pelo governo brasileiro no início do século 20. Anos depois, com outra letra, virou hino informal do Estado de Minas Gerais (que não tem mar!). Todos conhecem o refrão: “Oh, Minas Gerais/ Oh, Minas Gerais/ Quem te conhece/ Não esquece jamais/ Oh, Minas Gerais” (aqui uma belíssima versão de Renato Teixeira).

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